sábado, 18 de junho de 2016

Gêneros Teatrais: Teatro de Improvisação e Teatro Lambe-Lambe

    Olá leitores! Estou afastado há um tempo, e hoje resolvi voltar com uma postagem relacionada à teatro. Recentemente no curso de teatro, entrei em contato com vários gêneros teatrais. Entre eles, os dois gêneros dos quais eu mais me aproximei foram o Teatro de Improvisação e o Teatro Lambe-Lambe.
    Me aproximei do Teatro de Improvisação pois esse foi o tema que eu escolhi para apresentar um seminário no curso, e hoje (18/06) eu e meus amigos do curso tivemos a oportunidade de receber o grupo teatral Teatro De Caixeiros, da cidade de Ribeirão Preto - SP, o qual nos deu uma maravilhosa oficina do Teatro Lambe-Lambe.
    Comecemos então, com o Teatro De Improvisação!


    O teatro de improvisação é um teatro todo, ou parcialmente, baseado na técnica de improvisar, ao invés de se basear na dramaturgia. A técnica consiste em o ator interpretar algo que não foi previamente pensado, escrito e/ou elaborado.           Mas existem diversos níveis de improvisação no teatro. Podendo ser interpretado a partir de personagens previamente estudados e conhecidos, como é o caso da commedia dell’arte, pode ser através de jogos dramáticos com temas escolhidos previamente até a improvisação total de movimento e voz, que seria a expressão corporal.
    No teatro de improvisação, se é entregue um roteiro, que compõe somente as ações do personagem e a história da peça. Diferente do teatro que se vê normalmente, que se é entregue um texto que precisa ser decorado e falado.
    O ator entra em cena com pouco, ou nenhum, material dramatúrgico previamente elaborado e vai aprofundar aquilo em cena. Mas toda ideia de improvisação no teatro pode entrar em contradição, já que para o ator improvisar ele precisa de um estudo e de um aprofundamento técnico grande. O ator só iria reorganizar elementos já estudados previamente, para dar a impressão de improviso

    A técnica de improviso é usada no teatro desde suas raízes mais remotas com teatro ritual, à Baco. Passando pela Commedia dell'arte em meados do século XVI (que era chamada de Commedia all improviso) e não teve nenhuma dramaturgia por séculos. Passando por severas modificações e estudos por Jerzy Grotowski do Living Theatre e consolidou bastante as tecnicas nos anos 1960 e 1970.
    No Improviso, o espetáculo recebe uma grande participação da platéia, pois é ela que vai decidir o que eles vão dizer, onde uma história vai se passar, e outras coisas fundamentais para a atuação.
    Dois grupos de Improvisação que amo e acompanho são Os Barbixas e Os Bardoso.

    Essa foi minha apresentação do seminário, tendo sido complementada com uma pequena encenação com o jogo "Frases" de Improviso, que é um jogo onde a platéia escreve frases em papéis, e então os participantes do jogo colocam os papéis em seus bolsos (no meu caso, foram 3) e vão tirando e encaixando as frases durante a encenação.
 
     Agora, vamos falar sobre a mais nova experiência que foi o Teatro Lambe-Lambe.

    O teatro Lambe-Lambe (Teatro de Miniaturas) é um estilo teatral que ocupa um espaço cênico pequeno (uma caixa), onde há os mesmos recursos que um teatro normal possui, como iluminação, som, um ator, entre outros.
    O nome "Lambe-Lambe" tem origem dos fotógrafos de rua, os quais precisavam Lamber a foto em negativo para o processo de revelação. E essas fotos eram tiradas de dentro de uma caixa, o que se assemelha ao teatro.
    A caixa do gênero teatral geralmente possui 4 orifícios: um orifício frontal com a medida certa de um olho até o outro para o espectador poder focar bem no lugar em que está se passando a cena, dois orifícios nas laterais inferiores, para que o manipulador possa colocar suas mãos para controlar os bonecos, e um orifício na aresta traseira, que é por onde o manipulador olhará para poder manipular seus bonecos. Antigamente os manipuladores faziam pequenos orifícios na parte superior da caixa, que era onde ele controlava a entrada da luz com seus dedos, mas com o uso de lâmpadas, hoje tudo está mais fácil.





    O negócio não é simplesmente chegar e controlar os bonecos, temos que ter conhecimento de várias técnicas para chegar à esse ponto. Vou citar algumas que vi na oficina.

• Movimento
 
    O movimento é algo essencial para um personagem, pois sem ele o personagem não anda, não respira, não tem vida.

• Foco

    Bom, todo personagem tem que ter uma maneira de se comunicar. No teatro Lambe-Lambe, não é muito comum o uso do diálogo, apenas uma trilha sonora. Então o personagem se comunica através do foco, que é um ponto no boneco que ele consegue olhar para outro elemento, ou até mesmo para o espectador.

• Detalhes

    Alguns detalhes são sempre bons, como por exemplo o movimento para fazer um personagem ficar triste, feliz, ou fazê-lo respirar forte ou fundo. Temos que fazer de tudo para que o espectador entenda o que o personagem está fazendo.

    Bem pessoal, por hoje é só! Muito obrigado por terem um tempinho de ler, espero que tenham gostado e até a próxima! ;)
 

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